Para saber o mais rápido possível destas novidades e também sobre novos artigos, está agora disponível subscrever o blog por email. Receba no seu mail todas as acutalizações do Trocos por Miúdos.

Quarta-feira, 25 de Julho de 2012
Eurovida Renda 2015 - 2ª série [Atualizado para a 3ª série]

Atualização: A subscrição da 2ª série do Renda 2015 já terminou. Em substituição existe o Eurovida Renda 2015 - 3ª série. A taxa deste novo produto é mais baixa do que a anterior (que era 5% líquidos), sendo agora de 5,6% brutos, ou seja, 4,2% líquidos. As restantes características são praticamente idênticas à 2ª série.


 

O Eurovida Renda 2015 trata-se de um seguro ligado a fundos de investimento

É um investimento a três anos, com uma rentabilidade bruta de 5,6%, ou seja, dá 4,2% líquidos ao ano, para um mínimo de investimento de 1000€. A subscrição está disponível até ao 7 de Setembro (salvo um fecho de subscrição antecipado) no banco BEST.

A meu ver é uma aplicação de baixo risco (não tão baixo como os depósitos a prazo, claro) com interesse para quem tiver dinheiro no qual não tencione mexer nos próximos 3 anos.

Eurovida

 

Seguros ligados a fundos de investimento

 

Então mas o que vem a ser isso de um seguro ligado a fundos de investimento?

 

Em primeiro lugar convém definir o que é um fundo de investimento (FI). Não me vou alargar muito nisto agora (FIs têm muito que se lhe diga), embora de futuro seja um tema que sou capaz de vir aqui abordar.

Um fundo de investimento é uma soma de dinheiro que pessoas/empresas entregam a uma empresa gestora, a qual por sua vez o vai aplicar em vários tipos de produtos, tais como obrigações, acções, depósitos a prazo, moedas, matérias-primas, e até outros fundos. Como resultado desses investimentos, o valor desse fundo vai subindo ou descendo consoante a empresa gestora faz bons ou maus negócios.

Isto quer dizer que ao investir num fundo não há nenhuma garantia de que se vai ter x de lucro ao final de um tempo. Tanto se pode obter 4%, como 2%, como até perder dinheiro. Os dados de como o fundo se comportou nos últimos anos dão uma ideia do que se pode esperar, mas não são de modo algum garantias de como ele se vai portar no futuro.

 

Como a variedade de activos que existem nos mercados, há inúmeros fundos disponíveis. É mesmo caso para dizer fundos para todos os gostos. É claro que o risco de cada FI e a rentabilidade que se consegue nele variam imenso, consoante onde o dinheiro está investido. Um fundo que só tem acções está sujeito a muito maiores descidas/subidas do que um que investe em depósitos a prazo.

 

Mas fiquemo-nos para já pelos de menor risco: os que lidam com obrigações/depósitos a prazo. O dinheiro que entregamos à Eurovida para esta aplicação vai ser aplicado em fundos de investimento de baixo risco.

 

Mas se acima disse que os fundos não têm rentabilidade garantida, como é que neste caso temos 4,2% líquidos?

 

Até agora tenho falado de FI. Aqui que entra a parte do "seguro". A Eurovida é uma companhia de seguros, não uma empresa internacional gestora de fundos. O que ela vai fazer neste caso é investir o capital entregue em vários fundos disponíveis no mercado (criando assim o seu próprio fundo autónomo), mas dando-nos um rendimento garantido à sua custa, ou então a seu favor.

Isto é, quer os fundos subam quer desçam, a Eurovida vai sempre pagar-nos os 4,2% líquidos. Imaginemos que no final dos três anos, o dinheiro valorizou 4% líquidos ao ano. A Eurovida paga-nos 4,2%, arcando com o prejuízo (-0,2%). E se o dinheiro desvalorizou 2%? Recebemos 4,2% na mesma (mais prejuízo ainda para a Eurovida). Mas se o dinheiro valorizar 7% ao ano, nós continuamos a obter os 4,2% líquidos, e a Eurovida fica com o restante lucro.

Resumindo, a companhia de seguros actua aqui como uma "almofada" regularizadora do comportamento dos fundos. Para o melhor ou para o pior, vamos sempre receber o mesmo. Quem pode ficar a perder é a Eurovida caso as coisas corram mal, não nós.

A função da Eurovida ao investir em fundos


O Eurovida Renda 2015

 

E como é que vamos recebendo esse dinheiro?

 

De acordo com o prospecto simplificado do produto, que pode ser encontrado aqui, recebe-se 4,56% no final do 1º e 2º ano, e mais 7,89% no final do 3º ano (mais o dinheiro investido, claro). Estes valores não incluem impostos, mas já entram em conta com todas as comissões de gestão e de subscrição. Isto dá o equivalente a 5,6% TANB. Se nenhuma mente iluminada se lembrar de aumentar o IRS ainda mais, temos os 4,2% líquidos.

O dinheiro pode ser mobilizado antes do final, mas nesse caso estamos sujeitos às perdas que o fundo autónomo tiver na altura (se existirem). Por exemplo, se ao fim de ano e meio quisermos resgatar o capital, tanto podemos ficar a ganhar 0% (se o fundo estiver valorizado ou igual), como podermos perder -1%, -3%, -4%, e por aí adiante se o fundo estiver desvalorizado. É como se tivéssemos a investir em FIs sem nenhuma "almofada", e sem possibilidade de ganhar nada. Logo há todo o interesse em esperar até ao final dos 3 anos.

 

E qual é o risco de ter lá o dinheiro? Há alguma garantia?

 

Para estas aplicações não há nenhum FGD nem nenhum SII que nos valha. Neste caso a única garantia que há é dada pela própria Eurovida. Logo o único cenário menos agradável é se a Eurovida for à falência antes do final dos três anos. Mas ainda assim isso não implica necessariamente perdas. O que desaparece é a "almofada". O dinheiro continua investido nos FI, os quais podem valorizar ou desvalorizar. Sendo os fundos de baixo risco, ainda que haja perdas, estas não devem ser substanciais. Direi até que é mais provável haver algum lucro (caso contrário não faria sentido para a Eurovida lançar esta aplicação).

Por este motivo, embora não tenha a segurança dos depósitos a prazo, considero que é um produto indicado para pessoas de não gostem de correr grandes riscos.

 

Pelos vistos este Renda 2015 tem tido bastante aderência, tendo terminado a subscrição da 2ª série antes de 29 de Julho, como previsto.

Quem quiser subscrever o produto recomendo que abra conta no BEST (banco online que não tem qualquer custo de manutenção de conta nem de transferências bancárias) para o fazer. Dado que as taxas dos depósitos a prazo continuam em queda sem sinais de recuperação, considero que este investimento tem uma boa relação risco/retorno.

publicado por ruicarlov às 11:26
link do post | comentar | favorito
.pesquisar
 
.posts recentes

. Poupar com cartões de cré...

. Mais quedas de taxas de D...

. Saída do PrivatBank de Po...

. Administre-se financeiram...

. Depósitos a prazo - A sit...

. Cartões pré-pagos

. Poupar com cartões de cré...

. Englobamento para o IRS d...

. Invest Choice Novos Depós...

. Os certificados de tesour...

.links
.mais comentados
.Maio 2015
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
.últ. comentários
Você está interessado em um empréstimo? nós oferec...
E o cartão 123 do Santander? Dá cash back de 1% em...
Penso que isso seja mais caso a caso, pois todos o...
ola queria pedir uma opiniao.que cartoes ha por ai...
Olá, João!O cartão demora cerca de 1 semana a cheg...
Nem por isso. Parece que são cada vez menos os car...
Para quem faz compras nesses shopings pode ser que...
Conhecem este cartão?http://www.mundicenter.pt/mgc...
Há novidades (positivas) relativamente a este assu...
Ana, que documentos foram necessários para pedir o...
.arquivos

. Maio 2015

. Março 2015

. Fevereiro 2015

. Novembro 2014

. Fevereiro 2014

. Janeiro 2014

. Dezembro 2013

. Novembro 2013

. Outubro 2013

. Setembro 2013

. Agosto 2013

. Junho 2013

. Abril 2013

. Março 2013

. Fevereiro 2013

. Janeiro 2013

. Novembro 2012

. Agosto 2012

. Julho 2012

. Junho 2012

. Abril 2012

. Março 2012

. Fevereiro 2012

.tags

. todas as tags

.subscrever feeds